Disse a Luizianne Lins em seu discurso durante o “Ato
pela candidatura própria do PT ao governo do Ceará”: -“Sobre essa questão da
inelegibilidade... porque eles acham
que a linguagem que a gente entende é essa. Mas a linguagem que a gente entende
não é essa, não; não é essa da Justiça, não
é essa da formalidade... Nossa
linguagem é a linguagem da rua, é a linguagem do povo; porque quando não dá na lei a gente faz na marra,
porque é assim, porque é assim que a gente aprendeu, porque é assim que a gente
foi talhado...”
“...
[nossa linguagem] não é essa da Justiça... porque quando não dá na lei a gente
faz na marra...” Vejam aí os leitores como pensa quem foi talhado assim, quem aprendeu assim.
Ouvi
isso – há o vídeo do momento do discurso correndo nas redes sociais – e fiquei
a me indagar: como é esse “assim” a que se refere a ex-prefeita de Fortaleza? Ora,
pensei de imediato, a resposta está na própria fala da mulher: “assim” é o
mesmo que “na marra”. (Em seguida ao “a gente faz na marra”, a ovação por parte
dos presentes.)
Não
me surpreendi ao assistir tal confissão do modus
operandi do PT. O momento do país é o resultado da ampla divulgação do que
os elementos desse partido têm feito ao longo desses quase 15 anos no controle
da nação. Agora, neste exato momento, estamos a assistir várias demonstrações
de como essas pessoas querem permanecer no poder – na marra e calcando a pés a “linguagem”
da Justiça. Então, pergunto: há algo no discurso desta senhora que nos
surpreenda?
Por
coincidência estou a me debruçar sobre “O Livro Negro do Comunismo”, de
Stepháne Courtois e colaboradores. (Não há, confesso, nenhuma coincidência na
escolha de minha leitura atual. Ela vem enriquecer meu conhecimento sobre
aquele modus operandi a que me referi
linhas atrás.) A obra é uma completa cobertura sobre os assassinatos em massa cometidos
por todos os líderes comunistas ao
redor do globo desde que essa mazela apareceu no ideário da humanidade. Para se
ter uma ideia, enquanto o nazi-fascismo matou cerca de 25 milhões de pessoas, o
comunismo matou na intenção de matar – como os nazistas fizeram com os judeus –
cerca de 100 milhões de almas. Só o Lenin e o Stalin mataram o mesmo que o
nazi-fascismo. Eles mataram na “legalidade”, se querem saber. Porque não sei se
sabem, mas a legalidade é fruto de um conjunto de valores de uma
sociedade, ou de sua classe dominante, ou daqueles que detêm suas armas. Em querendo-se fazer uma “limpeza” na sociedade, erige-se um corpo legal que a legitime ainda
que tal “limpeza” não esteja de acordo com os princípios corretos e com as
virtudes mais nobres do humanismo.
Pois
a linguagem que esses senhores
petistas entendem é justamente a da amoralidade e do anti-humanismo que o
comunismo representa e que aqui querem plantar. Com Stepháne Courtois e seus colaboradores
tenho aprendido que o comunismo representa a forma mais refinada e organizada
de se odiar o ser humano, tudo travestido do politicamente correto ao início
para depois dar lugar às monstruosidades mais abjetas de forma descarada e
despudorada, enquanto escondem seus cadáveres do resto do mundo. Ao mesmo tempo,
seguem a encantar a ignorantes e cultos pelo doce linguajar da rua e do povo que eles dizem tanto conhecer. No frigir dos ovos o que se segue é
corrupção, pobreza, morte, ignorância, uma casta de privilegiados a enriquecer
e a forma mais torpe de escravidão – a do pensamento.
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