terça-feira, 8 de dezembro de 2015

QUASE-SONETO DA FOTO SEM ALMA (do meu Amigo Asclépio Aguiar)

Nasce um poema bem cândido,
Um jogo, um vaivém de lamentos.
Simples, meio-férvido, cálido.
Choro que esparrama em tormentos.

Renasce, antiga face, velha foto,
Remota e breve em alma-amiga.
Carrega-me, arrebata-me e abriga,
Em leve-breve-precisa-cantiga.

Ampara, não desiste.
Acode, não abdica.
Resguarda, não recusa.
Acalanta, não renuncia...

Foto, espectro e alma:
Espírito que flana e vagueia;
Prenúncio que desalma na mão-palma.

Foto que nem cede e nem larga:
Caça em clama da calma;
Foto e queixa em prantos d'alma.

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