Um dia após a votação pela continuidade do impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff, a jornalista Miriam Leitão escreveu um artigo para o
jornal O Globo onde pergunta: “A democracia tem mesmo que conviver com quem a
ameaça, como o deputado Jair Bolsonaro?” (http://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/democracia-brasileira-e-ameacada-por-bolsonaro.html).
E por que faz ela tal questionamento? Porque em seu voto, segundo o entendimento
da jornalista, o deputado fez apologia à tortura ao elogiar um suposto
torturador do regime militar, o falecido Coronel Carlos Alberto Brilhante
Ulstra. Propõe, inclusive, a cassação de Bolsonaro por tal discurso.
Sem entrar no
mérito de se o referido oficial do Exército Brasileiro pode realmente ser classificado
como torturador ou não e admitindo que tenha sido, é isso em si uma ameaça de
Bolsonaro à democracia? Seu pronunciamento excita a que alguém torture alguém?
Prega o deputado em seus discursos na Câmara Federal a tortura, o assassinato,
o sequestro de brasileiros, a morte de opositores?
Se bem me recordo, um certo deputado baiano petista
cujo nome agora me escapa, e me escapa apenas porque o considerei estúpido o bastante
para ser esquecido, exaltou, também ao momento de seu voto, tal qual fez o
deputado Jair Bolsonaro, um certo conhecido comunista morto pelo regime militar
chamado Carlos Marighella, cuja vida é objeto de um livro de autoria de Mário
Magalhães, jornalista da Folha de São Paulo, disponível na rede mundial de
computadores para quem quiser apreciar melhor a memória desse considerado “herói”
comunista. À capa do referido volume e
abaixo de seu nome o aposto “o guerrilheiro que incendiou o mundo” (http://lelivros.online/book/baixar-livro-marighella-mario-magalhaes-em-epub-mobi-e-pdf/).
Considerado
sedutor e valente, o homem era vigiado pela CIA e monitorado pela famigerada
KGB. Chegou a ser deputado federal. Que fazia ele? Dedicava-se à guerra
declarada pelo comunismo ao ocidente. Seu objetivo: implantar o comunismo em
nosso país. Seria ele um Lee Harvey Oswald tupiniquim, sem lhe constar no
currículo o assassinato de um presidente da república, mas há de ter matado
pessoas menos importantes. Publicou livros, dentre eles o “Mini manual do
Guerrilheiro Urbano” onde ensina técnicas de assalto a bancos, assassinatos,
atos terroristas e por aí vai.
Ora, Stéphane
Courtois e colaboradores em seu “O Livro Negro do Comunismo” (http://lelivros.online/book/download-o-livro-negro-do-comunismo-stephane-courtois-epub-mobi-pdf/)
ensina o resultado da obra comunista ao redor do globo e os motivos pelos quais
até hoje seu ideário ainda encanta incautos, desavisados e ignorantes. Destoando
do socialismo filosófico e teórico de Karl Marx e Friedrich Engels, o comunismo
prático mostrou-se, onde foi efetivamente implantado, assassino sistemático e
causador de miséria e dor. Assim, ao concluir a leitura de ambos, o leitor
saberá que Carlos Marighella não havia de ser visto como o “herói” libertador
assim como tantos outros como ele, equivocadamente, o foram. Era um agente a
serviço de um ideário onde a matança de seres humanos simplesmente classificados
como antipáticos ao regime era a regra de conduta. Fome, tortura, julgamentos
sumários, eliminação de magistrados, professores, médicos e toda a elite
cultural do país onde era implantado constituía e ainda constitui o modus operandi do regime comunista.
Ora! Pela lógica
da jornalista não estaria este senhor saído das lides do Partido dos
Trabalhadores também incitando a violência e o crime? a guerra comunista contra
nós que somos antipáticos ao regime que querem nos impor? Não estaria ele
massageando o ego da “guerrilheira” Dilma Rousseff e conclamando seus asseclas e
comparsas à luta armada em pleno estado de Direito numa democracia cujas
instituições têm funcionado ainda que a muito custo?
Peço, então, à
senhora Miriam Leitão que reveja as imagens da votação e faça suas reflexões. Quanto
ao Coronel Ulstra e o bandido Carlos Marighella, eis aí os inimigos em uma
guerra feroz. Os heróis estão em lados opostos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário