ERA "malhador". Diariamente estava na academia a levantar pesos e anilhas. Mas, naquele dia...
Doeu-lhe no peito aquela dor que se espraiava para os ombros, as costas, o pescoço e a garganta. Os braços e as pernas pareciam faltar-lhe à medida que uma angústia se lhe apoderava como a antecipar-lhe o fim da vida.
– “Não estou bem”, disse à esposa. “Leva-me daqui a um hospital”.
Ela o pôs no carro. Saíram.
No primeiro hospital disseram não atender o seu caso. Nem lhes disseram de que caso suspeitavam. Seguiram para outro.
Lá também não atendiam. Pelo menos daquela vez orientaram para onde o deveria levar. Foi correndo. No trajeto entre um e outro a dor amainava e voltava, amainava e voltava, como uma “cólica” no peito.
No terceiro hospital o acolheram e já iniciaram os primeiros procedimentos para alívio de tudo aquilo e tentativa de elucidar seu caso.
– Ele parece estar infartando, disse o médico.
Depois de tudo, horas mais tarde, confirmou-se o que o médico dissera. Por ter sido tratado em tempo hábil, tudo correu bem dali em diante.
Horas depois, já no leito da unidade de tratamento intensivo, bem acordado e sem dor, confessou a alguém, um funcionário da limpeza que se aproximara do leito em sua rotina diária: – Foi logo depois de uma “trepada”...
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