quinta-feira, 20 de março de 2025

CÓLICA PEITORAL

             ERA "malhador". Diariamente estava na academia a levantar pesos e anilhas. Mas, naquele dia...

             Doeu-lhe no peito aquela dor que se espraiava para os ombros, as costas, o pescoço e a garganta. Os braços e as pernas pareciam faltar-lhe à medida que uma angústia se lhe apoderava como a antecipar-lhe o fim da vida.

– “Não estou bem”, disse à esposa. “Leva-me daqui a um hospital”.

Ela o pôs no carro. Saíram.

No primeiro hospital disseram não atender o seu caso. Nem lhes disseram de que caso suspeitavam. Seguiram para outro.

Lá também não atendiam. Pelo menos daquela vez orientaram para onde o deveria levar. Foi correndo. No trajeto entre um e outro a dor amainava e voltava, amainava e voltava, como uma “cólica” no peito.

No terceiro hospital o acolheram e já iniciaram os primeiros procedimentos para alívio de tudo aquilo e tentativa de elucidar seu caso.

– Ele parece estar infartando, disse o médico.

Depois de tudo, horas mais tarde, confirmou-se o que o médico dissera. Por ter sido tratado em tempo hábil, tudo correu bem dali em diante.

Horas depois, já no leito da unidade de tratamento intensivo, bem acordado e sem dor, confessou a alguém, um funcionário da limpeza que se aproximara do leito em sua rotina diária: – Foi logo depois de uma “trepada”...

             
            Não se sabe até agora é se houve ou não a concorrência do “azulzinho” no episódio... 

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